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Nirvana: O fenômeno do Rock


Por Rodrigo Clark

No início dos anos 90, uma banda que não era da California surgiu e mudou tudo o que estava acontecendo no cenário do Rock. Só por essa colocação já dá para se ter uma noção da importância do Nirvana na história do Rock e da música. Vamos tentar entender esse fenômeno.
Os anos 80 foram uma década de glam rock, cabelões armados, roupas justinhas, maquiagem, glitter, peitos peludos em camisetas de oncinha e toda essa estética de gosto duvidoso. É só ver as fotos do Van Halen, Mr. Big, Kiss, Twisted Sister e Bon Jovi naquela época. Enquanto isso, um cara cresceu em Aberdeen ouvindo Black Flag, Meat Puppets e The Vaselines. Um dia, esse cara começou a escrever suas próprias músicas e, em vez de reverenciar carros, mulheres e bebedeira, ele falava de suas frustrações. No lugar dos solos de guitarra cheios de firula, rebolados em palco e overdose de reverb na bateria, sua banda oferecia um som bem tosco, rudimentar, porém sincero e viceral. Muita gente se identificou. Muita gente mesmo! E aí o Rock nunca mais foi o mesmo.
Muitas bandas de Seattle ganharam visibilidade, mas nenhuma chegou perto do status do Nirvana. Nenhum disco de Rock dos anos 90 teve o mesmo prestígio de "Nevermind" (1991). Depois da morte de Kurt Cobain, em 1994, as gravadoras procuraram desesperadamente um substituto. Pearl Jam poderia ter aproveitado a deixa, mas se acanhou e passou a gravar discos tímidos, como "No Code". Surgiram Silverchair, Stone Temple Pilots, Green Day, The Offspring, Bush, Candlebox, Live etc. Nenhuma banda virou um segundo Nirvana, mas foi dada a nova cara do Rock.
Kurt Cobain se tornou o novo estereótipo de astro do Rock: depressivo, junkie e autodestrutivo. Kurt, na verdade, foi um compositor brilhante que criou músicas simples e sensacionais. Tinha uma voz marcante, um jeito de cantar que combinava perfeitamente com suas músicas. E surgiu na época certa, quando os jovens precisavam de uma banda como o Nirvana, de uma voz como a de Kurt. Em todos os sentidos.

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